quinta-feira, 2 de julho de 2009

Au Revoir. . . . . . Paris

Bem, para não deixar nenhuma página em branco, aqui fica o meu último post neste blog.

Voltei de Paris na segunda-feira passada. Não tem sido fácil. Estas experiências de intercâmbio e de viver fora do nosso país por uns tempos, trocam-nos sempre as voltas. A intensidade com que se vive o gesto mais simples do quotidiano é tão grande, que qualquer alteração de rotina, como foi, obviamente, a minha volta para casa, choca com o nosso sistema nervoso e fragiliza-nos bastante.

Eu, que nem era grande fan dos Erasmus e do ambiente dos estudantes estrangeiros nas faculdades, redimo-me absolutamente de todo o preconceito criado.
Foi, sem dúvida alguma, a melhor experiência da minha curta vida, que apesar disso, já vai sabendo saborear o que há por aí.

Agora é voltar para casa. Não só de corpo, mas também de alma.
Deixar o nº 90 da rue Saint Martin para trás, deixar de fazer do Sena o meu Tejo, deixar o Marais numa boa lembrança, e olhar para a minha terra com os mesmos olhos de antes, embora o olhar seja agora mais brilhante. Paris tem destas coisas...Lisboa deve aproveitá-las!

Vou sentir muitas saudades. Muita coisa me vai faltar.
Sair do meu prédio, atravessar a rampa em frente ao Pompidou, e chegar ao meu café preferido, Lapey Ronie. Apanhar o metro em Rambuteau ou em Châtelet. Passear pelo Sena, fosse pelas pontes, fosse pelas margens, estender as toalhas e pic-nicar com os amigos. Andar desde a minha casa, e dar-me conta que cheguei à Torre Eiffel. Apanhar o barco, dar meia volta, e vir parar ao quartier latin, do lado oposto do bairro judeu. Beber chá na mesquita, passear no jardin des plantes...andar....andar...andar, e entrar no jardin du luxembourg. Como eu adorei fazer este itinerário. Por vezes por mim, outras vezes por outros, mas garanto-vos que cada vez teve um sabor realmente diferente.

Sim, já sei...Paris tem muito de artificial. Por vezes dá a sensação que estamos num cenário dum filme...há ruas sem vida, há espaços pouco cheios. é verdade! Mas Paris tem também um lado incrivelmente sedutor, que por muito que tentemos resistir, acaba com as nossas forças, e faz-nos apaixonar. Se por um lado a monumentalidade da cidade nos impressiona e esmaga, e a arrogância dos parisienses (estereótipo confirmado) nos afasta, por outro a vida que dela emana, a arte que se mistura com os hábitos e as pessoas que fascinam pela diversidade, tudo isto faz-no querer mais Paris.

Foram 9 meses. O tempo duma gravidez, o tempo de criar ligações fortes, aos espaços e a quem os ocupa. Talvez não se viva duma forma realmente real. Talvez estes momentos da nossa vida sejam escapes que vamos arranjando, para fugir um bocado à nossa realidade, talvez...mas um amigo, antes de eu partir, dizia-me uma coisa simples mas que a mim me tocou muitissimo, partilho convosco: para mim, esta vida que tive em Paris é que é real, pois é assim que eu quero viver.
Pois então assim seja...Algo que trago comigo do Erasmus? Fazer da minha vida aquilo que eu quero que ela realmente seja! Uma ideia tão simples, mas que tantas vezes esqueci!

Obrigada pelas visitas, pelos comentários simpáticos, afectuosos e desafiantes também!

Até breve

terça-feira, 2 de junho de 2009

Afinal a Torre Eiffel até tem alguma piada ;)

Nesta foto tenho o prazer de vos apresentar os meus camaradas desta grande aventura que é o Eramus! Malta de Paris X, Nanterre. Com toda a certeza, uma malta bm especial!













Fizemos uma festa surpresa no Champs de Mars a um amigo espanhol, o Miguel. O verdadeiro simbolo do que é o estudante Erasmus, muita borga, muita simpatia, muita bebida....o miguel é aquele que conhece toda a gente, e que sabe de todas as festas que se passam em Paris. Se há pessoa que merecia uma festa, num dia se Sol absolutamente fantástico, com a Torre Eiffel como cenário, mais as 50 pessoas que apareceram...essa pessoa é o Miguel! Ei-lo, vesido com o seu melhor traje!
















Neste dia, o Champs de Mars parecia a praia de Copacabana!!! Nuna vi tanta gente junta, talvez na Expo....Mas a Tor Eifel merecia uma foto an?!




















E como não podia deixar de ser, até porque estamos em Paris, a politica está sempre presente, manifestação pelos Tigres Tamil:


quinta-feira, 21 de maio de 2009

Bonjour Soleil


Finalmente, ao fim de dias, semanas de clausura, libertaram o sol de Paris. Tardou, mas chegou. Acabaram-se as tristezas, as depressões, o não saber o que fazer. Chegou o Sol às ruas de Paris, já entrou em nossa casa, abriu as nossas janelas, iluminou-nos o rosto e fez-nos mais felizes. Acorda-se mais cedo, seca-se a roupa mais rápido, desliga-se o computador mais cedo...E descemos as escadas a caminho da luz ;)e encontramos vestidos, saias curtas, t-shirts e muitos decotes.
Começaram os passeios pelo Sena, os piqueniques no Parque Butte Chaumont, os estudos no Luxemburgo ou um bolinho no Centro Cultural Sueco. Começaram os copos na Pont des Arts, no Canal St. Martin, e na Île da Pont Neuf.
Começa a nostalgia duma cidade que me deu muito mais do que eu a ela. As saudades começam a fazer-se sentir e as despedidas começam a acontecer. Há uma vontade de viver ainda com mais intensidade a cidade, e tão perto da partida, num tentativa de iludir o curso inexorável do tempo, começamos a enfeitar a casa e a criar novas rotinas. Chega a ser ridiculo, mas faz-nos sentido. Ai...Paris va me manquer beaucoup, e eu que nem gostava desta cidade!

sábado, 16 de maio de 2009

Rock Universitário



Clip realizado por estudantes da Universidade de Marne-la-Vallée.

http://petitions.alter.eu.org/refonder

sábado, 9 de maio de 2009

France en Colére


Após um primeiro de Maio inédito, no qual as 8 centrais sindicais francesas desfilaram, pela primeira vez, de braço dado, vive-se em França um clima de combate, de reivindicação, de luta até à vitória final. Nos mais variados sectores encontramos descontentamento e revolta, acompanhados de uma radicalização do movimento social.

Na saúde, contra a lei Bachelot, ministra do governo Sarkozy, o movimento das batas brancas, médicos, enfermeiros e auxiliares de saúde, insurge-se e apela à solidariedade de todos e todas com a sua luta pelo serviço público de saúde, e contra os hospitais-empresa, tendo-se manifestado cerca de 15 mil profissionais, 3ª feira passada, nas ruas de Paris.

Perante as ameaças e a concretização de despedimentos em várias empresas em França, trabalhadores e trabalhadoras unem-se e reinventam as formas de luta. Vários sequestros de patrões já se sucederam em França, com apoio das populações.

Chegada a 14ª semana de greve das Universidades em França, estudantes, professores, investigadores e os chamados BIATOSS (bibliotecários, engenheiros, administrativos, técnicos, operários e pessoal dos serviços e saúde, na versão francesa) permanecem em mais de 60 universidades francesas em greve. A Coordenação Nacional das Universidades (CNU), órgão criado especificamente para coordenar e organizar o movimento da greve, onde a grande maioria das universidades francesas se encontra representada por professores, estudantes e doutorandos, reuniu pela nona vez a semana passada, e volta a votar a continuação da greve, alertando para a absoluta irresponsabilidade do ministério do ensino superior, que insiste em ignorar olimpicamente, as inúmeras manifestações de toda a comunidade universitária em França. A verdade é que as acções se multiplicam: bloqueios das faculdades, impedindo por completo através de piquetes de greve o acesso às salas de aulas; as chamadas barragens filtrantes, que apenas dificultam o acesso empilhando, por exemplo, cadeiras e mesas em frente de salas de aulas; assembleias-gerais unitárias que acontecem semanalmente, com votação de moções, posteriormente enviadas para a CNU; manifestações semanais com uma afluência que ronda, em Paris, as 20 mil pessoas...Enfim, criatividade e imaginação não faltam ao movimento, ainda assim, a única resposta que nos surge do lado da direita francesa é tão-somente, por um lado uma proposta de lei dum deputado do UMP (partido de Sarkozy) Damien Meslot, na qual propõe sancionar em 1000 euros todos os estudantes e pessoas externas as universidade, que tentem impedir o acesso aos edifícios de um qualquer campus universitário, e por outro uma declaração na Assembleia Nacional, desta vez vinda da ministra do Ensino Superior, Valérie Pécresse, no sentido de haver deduções salariais a todos aqueles que retenham as notas dos estudantes, que se recusem a realizar exames ou que impeçam as aulas de compensação. A responsabilidade pela paralisação das universidades e pela possibilidade de cerca de 100.000 estudantes não verem o seu ano validado, é duma ministra que, com jeitos tatcherianos, fecha sistematicamente as portas da negociação.

A crise social em França está à vista de todos e de todas. Não se trata duma crise de valores, de falta de identidade, ou de outro qualquer epíteto de natureza mais filosófica. Trata-se sim da saturação mais profunda das populações, face ao absoluto desprezo dos governantes europeus, e do seu em particular. Por aqui luta-se pelo direito ao ensino público, pelo direito ao serviço de saúde público, pelo direito ao emprego. Por aqui assiste-se a um basta à política de caça aos serviços públicos.

domingo, 26 de abril de 2009

Viver no "Comunismo"...vamos lá ver como é que é isto!

Estou por terras "comunistas".
Quando voltar aviso.
Até Breve

sexta-feira, 17 de abril de 2009

A Cantiga é uma Arma

Chego a Lisboa e só ouço falar disto:

sábado, 11 de abril de 2009

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Não é que esteja na moda........Ocupar e Sequestrar!!!

Hoje, à hora de almoço, um grupo de estudantes e professores de Paris 8, decidiu invadir o restaurante do CROUS em Port-Royal em Paris. Numa demonstração de descontentamento face às reformas que o CROUS foi sofrendo, nomeadamente, sob o ponto de vista do custo das refeições, do valor das bolsas ou do número decrescente de trabalhadores, o movimento começou a distribuir refeições gratuitamente, tendo sido rejeitados por camaradas estudantes presentes na hora da refeição, e depois expulsos da zona de refeições. Decidiram por isso subir até aos escritórios do CROUS, deparando-se frente a frente com o seu director e sub-director. Sequestraram ambos durante cerca de 2 horas numa sala, de forma expor as suas reivindicações e a conseguir chegar a algum diálogo. A determinada altura, acaba-se o diálogo e 15 agentes da policia invadem a sala e expulsam com violência estudantes e professores.
Antes de verem o video da acção, e do que se he seguiu, dizer-vos apenas que o CNOUS, Centre National des OEuvres Universitaires et Scolaires, é a entidade que assegura toda a vida escolar dum estudante em França, desde bolsas, a alimentação, a alojamento. Muita gente trabalha para o CNOUS, pois este está organizado em CROUS, centros regionais, por exemplo a Universidada de Nanterre integra o CROUS de Versailles, e ainda os CLOUS, centros locais de maior proximidade com os estudantes. Bem sei o que devem estar a pensar...que serviço brutal....pois é, quem dera a Portugal. Mas a verdade é que também a este nível, as coisas estão a mudar e para pior por aqui. Acompanhando o ritmo da LRU, onde está em causa, por exemplo, uma subida de propinas dos actuais 400 euros para cerca de 3000 euros, no CNOUS as bolsas diminuem, o alojamento encarece, há menos emprego (por curiosidade, em Nanterre, uma boa parte dos trabalhadores da cantina, vigilantes, cozinheiros, empregados de bar são portugueses), enfim! O movimento começa a estender-se.




O título vem a propósito dum outro sequestro, também aqui em França. Na semana passada, os trabalhadores da Caterpillar de Grenoble não deixaram sair da fábrica quatro administradores, em protesto contra o anúncio do encerramento daquela unidade. Mas melhor que isto, é que franceses e francesas, questionados sobre o que pensam disto, a resposta é 50/50. Metade acha aceitável que a indignação dos trabalhadores conduza a estas acções. Claro que sim!!! E eu também acho! É por isso que começo a adorar esta terra, esta gente está milhas de nós...acreditem-me ;)

sábado, 4 de abril de 2009

Grève Générale! Grève Générale! Grève Générale!



Esta quinta-feira passada lá fui ao meeting do Nouveau Parti Anticapitaliste (NPA) em Montreuil.
Foi emocionante, galvanizante, e sobretudo, esperançoso.
Começou com uma intervenção do jovem candidato pela Île de France às Europeias, Omar Slaouti. Uma intervenção muito enérgica, com garra, mas a meu ver, um pouco cheia de slogans a mais, com alguma repetição de ideias.
Seguiu-se um repesentante do comité dos "sans-papiers" duma empresa em greve desde Outubro. Uma intervenção curta, de pedido de apoio à greve, apoio monetário e apoio político. Ambos estão garantidos, não há combate mais consensual dentro dos militantes de esquerda e extrema esquerda em França que a defesa dos "sans-papiers", quer no que toca à sua regularização profissional, quer no seio das Universidades, no momento das inscrições.
Depois falou uma "enseignante-chercheuse", da Université Paris 11. Antes mesmo de falar já era a mais aplaudida: "Et qu'est-ce qu'on veut? le retrait. De quoi? de la LRU"...Ouviam-se estudantes e professores a gritar na sala. A luta pelo ensino superior, pelo direito universal à educação, veio para ficar até à vitória final.
Seguiu-se Alex Lollia, representante do LKP - Liyannaj Kont Pwofitasyon - colectivo que liderou a Greve Geral do inicio do ano em Guadaloupe, que resultou em várias vitórias, nomeadamente, no aumento em 200 euros dos sálarios. Vale a pena passar pelo site deles, excelente site: http://www.lkp-gwa.org/. No que toca à intervenção, para mim, foi a melhor. Desde logo é o testemunho duma vitória, que, caramba, tardam em chegar, mas chegam!!! Falou-nos um pouco de como em Guadaloupe se organizaram em torno do LKP, de como todos os dias reinventaram a Greve Geral, de como a imaginação e a criatividade são essenciais em momentos como estes. Aliás, houve um apelo enorme à Greve Geral. Nas palavras contagiantes de Alex Lollia, não existe outra via para a vitória, não há outro meio, no momento actual, para se conquistar tudo o que se reivindica.
Apela-se assim a que trabalhadres e trabalhadoras de todas as empresas, públicas e privadas, se juntem, se organizem, que não tenham medo.
Houve uma intervenção curta duma representante da luta de enfermeiros na île de France, pois também este sector está em greve há três semanas.
Para terminar, o grande, mas jovem, Olivier Besancenot. É uma figura, sem dúvida. Para além de ser um historiador, que fala pelos carteiros de Haut de Seine, onde trabalha como "postier", onde parece tentar espalhar a greve a toda a hora. É um jovem dirigente politico, o candidato presidencial mais consensual da extrema esquerda francesa dos últimos anos. Aliás, atribui-se frequentemente a fundação do NPA à sua pessoa, como sendo uma resposta que diferentes movimentos e partidos deram ao apelo feito por ele de se juntarem num só movimento, para ganhar.
Como sempre a sua intervenção, que vale a pena ouvir desde o inicio ao fim, e que se encontra no site deles: http://www.npa2009.org/ foi "bouleversante".
Mais uma vez uma análise brilhante da crise, uma desconstrução nua e crua dos preversidades sociais e politicas praticadas pelo patronato e pelo governo, seguidas de propostas e respostas a dar agora.

Este meeting vem a propósito da reunião do G20 em Londres, e da Contra-Cimeira da NATO, hoje, em Strasbourg. Foi uma forma de chamar a atenção para as razões pelas quais são contra a reentrada da França no Comando da NATO e porque são pela dissolução da NATO. Os principais argumentos estão bem explicados no novo jornal do NPA, que aconselho vivamente: "TouT est à Nous!". O titulo é revelador.

Só mais uma coisinha, que o post já vai longo, e não vos quero aborrecer. Vejam só esta imagem brutal que está no site do NPA, referente à manifestação de 26 de Março na Polónia, organizada por vários sindicatos:
"nós não vamos pagar a vossa crise!"

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Sarko, casse toi pauv'con!


















E pronto, lá fomos nós as duas fazer duas horitas de ronda. Foi sem dúvida uma experiência interessante.

É neste momento, de todas as acções de mobilização para a greve, a mais mediatizada. A verdade é que televisões e jornais estão fascinados com esta iniciativa de estudantes e professores rodarem em torno de cartazes, caixotes com comida e bebida que a malta vai trazendo para se aguentarem, a cantar músicas tipo Bella Ciao mas com letras subversivas....enfim, se algum dia eu vier a ver um professor universitário, catedrático, em Portugal a cantar o Bella Ciao, dá-me uma coisa. França é outro país, mas sobretudo, é uma outra sociedade, com outra cultura.

A Ronda anda à roda há cerca de 10 dias, ora isto faz cerca de 240 horas de caminhada contra a instituição do neoliberalismo nas universidades em França. Juntos, cerca de 1000 km. Na verdade, toda esta luta é pela retirada total da LRU, a chamada lei da autonomia das universidades, expressão que nos é cara em Portugal, que tão bem sabemos que mais não significa que a progressiva desresponsabilização do Estado no financiamento do Ensino Superior, a facilitação da entrada do capital privado nas faculdades, o aumento do encargo das famílias....enfim, o ensino para uma pequena elite, uma futura elite de governantes.

Vale a pena passar pelo site dos Obstinados. Mais uma vez, aqui fica: http://rondeinfinie.canalblog.com/

E para terminar, só uma pequena referência ao título. Falou-se dela em Portugal na altura, mas a verdade é que ela fez furor por estas bandas. Andou por todos os cartazes na manifestação da semana passada, e estará presente amanhã com certeza.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Aqui fica a minha agenda militante!

Pois então, amanhã estarei entre as 18h e as 20h, na Ronde Infinie des Obstinés, da qual já aqui falei! Vai ser uma experência e tanto. As coisas aqui são bem organizadas, para que de facto dêem certo. Não são só fogo de vista, nem pretendem só causar mossa. É para partir, então é mesmo para partir! Aqui fica o site das inscrições para quem queira participar amanhã nesta ronde des obstinés. Até agora, já estão inscritas 73 pessoas.
Mando-vos por curiosidade, e para verem como as coisas são por cá:
site des inscrições:
http://www.doodle.com/pzc4487esnmugiu3
site da ronde infinie des obstinés, com videos e depoimentos:
http://rondeinfinie.canalblog.com/







Depois, na quinta-feira, manifestação nacional as 14h. Diga-se que desde há 7 semanas que há manifestações semanalmente, com uma afluência que fazia qualquer movimento em Portugal dar-se como super bem sucedido. São, aos meus olhos, sempre impressionantes.


Mais à tarde: "En France comme aux Antilles pas question de payer leur crise"
Pelas 20h, faço um desvio ainda mais à esquerda, e vou a mais um encontro do Nouveau Parti Anti-Capitaliste. Será em Montreuil, um pouco fora do centro de Paris, e contará com a presença do Olivier Besancenot, Alex Lollia (membro du LKP, movimento que liderou a revolta em Guadalupe), Omar Slaouti (cabeça de lista do NPA às eleições europeias na Ile de France), Nsuni Met (enfermeiro) e Emmanuelle Rio (professor-investigador, movimento que desencadeou a greve da suniversidades). O encontro promete, e às portas de um outro Grande Encontro a nivel internacional no dia 3 de Abril em Strasbourg, de preparação para a Contra Cimeira contra a NATO no dia 4 de Abril.















Acho que vale a pena assinalar que já saiu o primeiro número do jornal semanal do NPA. O titulo promete: "Tous est a Nous": http://www.npa2009.org/category/section/tout-est-%C3%A0-nous
Apenas 40 euros por um ano de "abonnement" para estudantes.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Paris, Greve, Radicalização, Creatividade e Lições a tirar!















Já não escrevo há algum tempo, por isso desculpem-me, mas isto da greve na Universidade provoca alguns sentimentos paradoxais. Sou totalmente a favor da greve, concordo com as reivindicações. Enfim não questiono de que lado devo estar. Mas, estar em Erasmus em Greve, mesmo que estejamos relativamente envolvidas no movimento, dá uns quantos momentos de "não ter nada pra fazer"...Aqui está uma possível explicação para não escrever há algum tempo...e vá, o Chico teve cá, isso também me fez pôr o computador d lado!


Aqui fica uma acção da malta em Nanterre:




Falando da greve...
A semana passada, dia 19 de Março, lá se concretizou uma mega manifestação, interprofissional e intersindical. Cerca de 3 milhões de pessoas saíram à rua em França, 350 mil pessoas desfilaram em Paris. Eu estive lá e posso-vos garantir que manifestações como aquelas causam mossa...se causam! Ver aquele mar de gente, com palavras de ordem contra o Governo, com faixas de todas as Universidades e de todos os Sindicatos profissionais. Ver representantes de vários sectores profissionais juntos, com a palavra revolta em cada cartaz, com acções originais e sem peneiras...mete medo, dá orgulho. Eu estive lá!
















Falando da radicalização do movimento, da criatividade, de lições a tirar...As Universidades Francesas, professores, estudantes, doutorandos, estão em greve há 7 semanas consecutivas!! Os professores não se mobilizavam, e não faziam greve há quase 50 anos, dizia-me uma professora há uns dias...é verdade que os estudantes fazem greve todos os anos, mas apenas alguns dias, não semanas seguidas, não em colectivo com os professores, não em permanência e em todo o lado, como tem sido esta greve!

Manifestações semanais bem sucedidas, acções de bloqueio e de filtragem nas universidades, ocupação de faculdades por estudantes (Sorbonne ocupada: http://universitesenlutte.wordpress.com/2009/03/26/20h23-le-26-mars-ce-soir-la-sorbonne-est-libre/), professores que ocupam o CNRS (http://universitesenlutte.wordpress.com/2009/03/26/message-des-occupants-du-cnrs-renforts-des-maintenant-et-rassemblement-demain-matin-a-8-heures/) faixas e cartazes por toda as Universidades, pic-nics, concertos, mesas redondas...na minha faculdade estudantes dormem há dias num dos Auditórios. Comunicaram à presidência que o iam ocupar, tá ocupado! É deles, é nosso, é onde se realizam as Assembleias Gerais, de estudantes e unitárias. Onde se votam as moções de apoio, e o apoio a moções d'outras universidades. É lugar de discussão, e não apenas lugar onde se fala para se concordar com a intervenção anterior...situação recorrente em Portugal.



Desde dia 23 de Março, que estudantes, professores e doutorandos, fazem a "Ronde Infinie des Obstinés", tão-somente, encontram-se a circular ininterruptamente desde o dia 23 de Março, em frente ao Hotel de Ville, até à Vitória Final, que neste caso, é a retirada absoluta da LRU, a Loi des Libertés et Responsabilités de L'Université.
Extraordinário! Aqui fica um vídeo colocado na net pelo Libération.



Hoje, na minha Universidade, deu-se o Episódio I do Printemps des Coléres. Muito sinteticamente, todos os actores do movimento decidiram inaugurar um programa, que terá continuidade, onde se dedicam à expressão da sua resistência e luta de várias formas. Em torno de 10 mesas redondas de debates e conferências sobre os mais variados temas, de comida, de bebida, teatro e dança, a Primavera da Cólera é mais um ponto expressivo da capacidade de criatividade, de organização e de mobilização desta malta.

Por aqui exige-se o fim às reformas Pécresse (E. Superior) e reformas Darcos (Educ. Nacional). Exige-se a retirada da Lei LRU de 2007...Não vai haver cedências, garanto-vos, nem por parte de profes, nem por parte de estudantes.
A luta continua. Amanhã escrevo mais.

quarta-feira, 18 de março de 2009

And now for something completely different.....BERLIM!

O Erasmus tem esta coisa fantástica de se fazer amigos de todo o lado. Assim, fomos parar a Berlim.
Podia escrever linhas e mais linhas sobre Berlim.
É uma cidade incrivel. Primeiro estranha-se, depois entranha-se, depois só se quer mais e mais.
E o espaço!Tanto espaço!Mas ainda assim, insuficiente para eles...Se eu vos disser que assisti a uma manifestação em que a reivindicação era de mais "Free Espace"!
Nunca tinha visto uma cidade com tanto espaço...nada como Paris, que apesar de ser maior que Lisboa, é semelhante a nivel de trânsito e congestionamento de pessoas e edificios.
Berlim não. É uma cidade que dá a ideia de estar em permanente construção, e de ter tempo e espaço para isso. 3 milhões de pessoas e nem damos por elas. Por vezes, até parecia uma cidade fantasma. Seguramente que o conceito de hora de ponta pouco ou nada lhes diz, algo impensavel nesta paris em constante reboliço.
Mas não pensem que Berlim é uma cidade morta, tem é espaço para muita gente estar em muitos lados.
É uma cidade para toda a gente, para todos os gostos, do fashion ao chunga, do freak ao snob, do BCBG ao simples...Berlim é a capital de tod@s!
E quanto àquele boato que anda a circular de que Berlim é que está a dar, confirma-se!
Tanta coisa para ver, tanta coisa para fazer. Andei imenso pela cidade, aliás os meios de transporte são capazes de ser os melhores que conheço, ligam aquela imensa cidade por completo, não havendo partes isoladas, mas apesar de ter andado imenso acho que me falta mais de metade para conhecer, o que se por um lado é frustrante, por outro dá ideia do que Berlim tem para dar.
Se me estou a esquecer de alguma coisa?
Não, claro que a História é bem pesada, se sente em cada canto, cada rua...eu pelo menos fiquei bem ciente de como a questão do Holocausto, e tudo o que envolve a 2ª Guerra, está presente nos espiritos alemães, talvez porque tenhamos sido guiadas pela cidade por 2 alemães.
Fui visitar um campo de concentração alemão, que depois se tornou um campo soviético, Sachsenhausen. Aconselho.
E depois visitei casas ocupadas, estátuas marcantes, ruas de centros comerciais gigantes, ruas residenciais a lembrar lisboa, campos descampados por construir, mercados de rua espectaculares, edificios tipicos do socialismo, edificios tipicos do capitalismo, o museu de história da alemanha (dos que conheço, só comparavel ao museu de história em Barcelona), entre todos os lugares da praxe mais turisticos.
Enfim, a minha conclusão é que tenho de lá voltar, porque ficou demasiada coisa para ver!
Berlim, auf wiedersehen

Como não podia deixar de ser:





























No nosso último dia, em visita a Unter den Linden, que termina na Karl Marx Alle, por trás o Brandenburger Tor:






































Arbeit Macht Frei está inscrito no portão de entrada:

















Uma foto tirada com os Aliados:




















O Rio Spree, foto tirada perto do nosso hostel, algo como uma fronteira entre Alemanha de Leste e Oeste.















As ruas e avenidas desertas de Berlim:














































Uma casa ocupada, as chamadas squad:

quarta-feira, 11 de março de 2009

Links que valem a pena sobre a Greve das Universidades












http://universitesenlutte.wordpress.com/
para mim o site com mais e melhor informação. sobre acções de todas as universidades. com os comunicados das reuniões nacionais da coordanação nacional, com calendário e as acções agendadas. com comentários e artigos de opinião. fundamental!

http://agen-nanterre.over-blog.com/
blog sobre a associação de estudantes da minha universidade. nem que seja para dar uma vista de olhos sobre o que é o "sindicalismo de combate" nas universidades...

http://www.luttes-etudiantes.com/

http://www.sauvonsluniversite.com/
já foi melhor. sofreu uma remodelação e está um pouco confuso, mas não deixa de ser útil.

http://nanterre.mobilisee.over-blog.com/
excelente site sobre a mobilização na minha Universidade. Como este, existem muitos outros de outras universidades...todos com o objectivo de informar sobre a greve e com o calendário das acções e da chamada Greve Activa...outro ponto sobre qual quererei falar noutro dia. uma questão realmente importante!


Calendário (para os curiosos...e interessados claro!):

10 mars : journée d’actions diverses ; blocage des rectorats et des inspections académiques, distribution de tracts dans des lieux publics, actions « coup de poing »…

11 mars : journée nationale de manifestations « de la maternelle à l’université »

12 mars : appel à soutenir et à participer à la coordination nationale des laboratoires

14 mars : appel à soutenir la réunion des directeurs d’unité

14 mars : Coordination parents-enseignants à Montpellier

16 mars 2009 : prochaine Coordination nationale des Universités à l’Université de Bourgogne (pôle de Dijon)

17 mars : actions locales diverses (actions « coup de poing »)

19 mars : appel à la journée de mobilisation nationale intersyndicale et interprofessionnelle. 18-19-20 mars : envoi d’une délégation de la Coordination au contre-sommet européen de Louvain.

24 mars : appel à une journée nationale de manifestations.

actions convergentes avec d’autres secteurs, en particulier le secteur de la santé

11 Março: De la Maternelle à l'Université













Sem dúvida que o que se está a passar neste momento em França, merece um post de maior reflexão...mais um. Mas não podia deixar de anunciar a manifestação de amanhã, 11 de março. O apelo a esta manifestação já anda a ser feito há largas semanas, e parte da Coordination Nationale des Universités, cujos representantes eleitos dos corpos de professores das várias universidades em mobilização, apelam às escolas primárias (maternelles), para também elas aderirem à greve!

A mobilização estende-se, e já paira no ar uma tensão grande para o grande dia de mobilização nacional que será 19 de Março. Aqui pretende-se a greve intersindical e interprofissional.

Ainda hoje estive numa reunião pública do NPA (do qual já aqui falei anteriormente),sobre a Crise. Daniel Bensaïd chamava a atenção para a tentativa de abafar a luta que decorre no seio das universidades em França. De referir que esta já dura há 6 semanas, e trata-se de greve permanente e cada vez mais radicalizada. Onde as Assembleias Gerias têm cerca de 2000 participantes, entre professores e alunos, onde as manifestações de 50000 pessoas, dados de Paris, são semanais, assiste-se a um progressivo alargamento da greve...estou realmente convencida de que cada vez mais alunos aderem, cada vez mais professores aderem....estão montados piquetes nas universidades...das poucas tentativas que alguns profes têm de dar aulas, saiem goradas pois as cadeiras foram retiradas das salas de aulas...

O Bensaïd falava desta luta, que ele próprio considera inédiata, pela cada vez mais forte união entre profes e estudantes, a propósito da Crise, Crise essa que surge do "coração do sistema capitalista", da política irreponsável de desmantelamento dos serviços públicos, nomeadamente, da educação nacional!

Aqui apela-se aos Estados Gerais da Educação Nacional....algo como Convenção a nível nacional para a reforma do ensino em França. Irei escrever sobre isto mais tarde.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Retorno ao Tango!!! (este fim de semana fiz greve de greve)
















Aqui fica uma performance do Richard Galliano brilhante!
Para acompanhar a nossa volta ao Tango.
Esta foto é no Bistrot Latino, onde temos aulas.
E os collants bordeaux denunciam-me ;)
Piazzola forever!

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Asemblée Générale de Nanterre


Pour une Université gratuite, publique, et autogérée, pour un salaire social, por une insubordination au travail...on veut nous noyer dans la crise, coulons le bateau et son grand timonier!
Syndicat Étudiant Solidaires
(SUD)



Esta era uma da muitas frases, dum dos muitos panfletos, duma das muitas organizações de estudantes presentes hoje na Assembleia Geral de Greve.
Entre as restantes encontrava-se:
Confédération Etudiante
UNEF (union nationale des étudiants de France)
AGEN (Association Génerale des Étudiants de Nanterre)
Cultur'PX
Ligue Trotskyste de France - Ligue Communiste Internationale
Nouveau Parti Anticapitaliste (NPA)

A assembleia foi absolutamente brutal!
Vi-me dentro dum documentário que tenho em casa sobre o Maio de 68, em que são filmadas de perto conversas na rua, nos halls das faculdades as discussões nas assembleias gerais de alunos...eu garanto-vos que hoje ouvi frases, exclamações, vi caras e expressões que conheço de outros tempos...e só pode ser dos filmes franceses do Maio de 68. Mas desenganem-se se penso que faço alguma tentativa de mostrar como tudo está igual, com nada muda, ou que as coisas não evoluem, e que até as pessoas são as mesmas. Não é isso que estou a fazer! Mas, na verdade, estas "memórias" só nos ajudam a perceber como as ofensivas e os ataques vêm sempre do mesmo lado, e vão em direcção às mesmas pessoas. Nada está inventado, nem mesmo as formas de luta e os caminhos da vitória. Estas "memórias", ajudam também a perceber isso. Conhecer o que se lutou, e as lutas que se travaram, é nã só fundamental como necessário...não se cometem os mesmos erros, mas podem se repetir as mesmas vitórias!

Falando da Assembleia em si.

























Um auditório para 1200 pessoas, absolutamente cheio, e com muita gente de pé. Os presentes eram estudantes e professores. Pofessores que traziam à votação as moções votadas em Coordination Nationale, e estudantes que também traziam à votação, decisões aprovadas na Assembleia Geral de Alunos (AGA). Sim, porque esta Assembleia é que seria a Assembleia soberana nas futuras acções a desenvolver.
O que é que isto quer dizer? Então, as Coordinations Nationales, de professores eleitos e estudantes eleitos, reunem, aprovam moções e acções de mobilização...mas estas medidas só serão postas em prática, após votação favorável nas Assembleias Gerais de Greve, em cada Universidade....e é de facto assim!
Tudo a votar, de braço no ar!
Várias intervenções..entre professores e estudantes, uns vaiados, outros aplaudidos...mas em pé de igualdade!
Segue-se a fase de votação.
Primeiro ponto assente e aprovado por unanimidade: organização dos Estados Gerais do Ensino Superior...aliás, reivindicação contida em todos os panfletos que recolhi na Assembleia, nomeadamente naquele que continha a Plataforma de Reivindicações adoptadas na AGA passada. Antes de passar ao que foi votado, dizer que estes Estados Gerias, consistem na criação de diferentes "comités de trabalho para uma reflexão colectiva" na universidade, cada um com tarefas distintas, desde o c. de mobilização, o c. de animação do campus, o c. de estudo dos decretos de lei,etc...todos eles com o objectivo de manter a Greve Activa!
Aprovado:
1. Greve continuará até à próxima Coordination Nationale (CN)
2. 4 Moções aprovadas em CN
3. Revogação da lei LRU (Libertés et Responsabilités des Universités)
4. Plate Forme Étudiante
5. Retrait du Contrat Doctoral
6. Elimiação das licenças profissionalizantes
Eu votei a favor de todas....havia poucos votos contra, poucas abstenções e poucos nppv, que significa, "ne prendre pas de vote".

Para a semana, há mais! Assembleias e Manif ;)

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Cette Semaine: pas de cours!!! Pourquoi? GREVE!!!











Já vos tinha falado antes das moções votadas quase por unanimidade no Conselho Nacional das Universidades, de começar o segundo semestre em greve!
Pois já está!
Esta semana não tenho aulas. Mas desenganem-se se pensam que os profes estão todos em casa. Fazem questão de se manter, ou nas salas de aulas, para poder informar os estudantes que apareçam por não saber, ou nos anfiteatros, a dar conferências, à semelhança da que assisti hoje.
É extraordinário.
Os professores da escola de Direito e Ciências Politicas, sobretudo os professores-investigadores, o cerne da greve, promovem hoje e amanhã sucessivas conferências dedicadas à greve, e à actual situação das universidades, com os seguintes temas:
1. Análise do discurso do presidente Sarkozy, dirigido aos investigadores no dia 29 Janeiro.
Eu estive presente nesta. Foram 2h30 de risota pegada. Uma sala com cerca de 600 pessoas, entre estudantes e profes, que se mantiveram ali, esse tempo todo, a ouvir ora uma projecção do discurso do Sarkozy, absolutamente anedótico, ora as análises mais inesperadas dum professor de ciência politica. Isto seria possivel em Portugal? Claro que sim.....
2. Modalidades de Greve Activa
3. Apresentação do projecto de lei em causa
etc,etc,etc

Amanhã, Às 10h, lá estarei para a Assembleia Geral de Greve, que reune estudantes, professores e restantes funcionários.
Promovida por professores, que após apelo aos estudantes, já é igualmente promovida pelos sindicatos de estudantes.

Às vezes dá-me a sensação que aqui as coisas acontecem ao contrário, do lado oposto, de Portugal.
Os professores fazem o papel dos motores da mobilização, espalham cartazes, organizam conferências, convencem os estudantes para a sua luta, que é no final de contas a luta de todos, a luta pela univesidade pública!
Ainda hoje, quando me fui inscrever nos cursos de francês, e perguntei quando começavam, o profe respondia-me: normalmente na semana que vem, mas isto tudo depende se os estudantes fecharem ou não as entradas nos edificios...
Eu fiquei a pensar que professor me daria algum dia esta resposta no ISCTE?

Mais do que outro país, outra lingua, com outras tradições....a grande diferença é que França cheira a revolta, a luta permanente, a descontentamento quotidiano. Ainda bem que estou por cá, e posso ver que as coisas realmente podem acontecer...basta acreditar, querer, e mexer nesse sentido...hasta la victoria siempre!!